domingo, 24 de junho de 2012

ENTÃO, QUE PAÍS TEMOS?


Opiniões 1


O general Pires Veloso, um dos protagonistas do 25 de Novembro de 1975 que ficou conhecido como «vice-rei do Norte», defende um novo 25 de Abril, de raiz popular, para acabar com «a mentira e o roubo institucionalizados».

Pires Veloso, que foi governador militar do Norte, considera que agora que «o povo já não aguenta mais e não tem mais paciência, é capaz de entrar numa espiral de violência nas ruas», alertou, esperando que caso isso aconteça não seja com uma revolução, mas sim com «uma imposição moral que leve os políticos a terem juízo».

O general defendeu uma cultura de valores e de ética: «há uma inversão que não compreendo desses valores e dessa ética. Não aceito a actuação de dirigentes como, por exemplo, o Presidente da República, que já há pelo menos dois anos, como economista, tinha obrigação de saber em que estado estava o país, as finanças e a economia. Tinha obrigação moral e não só de dizer ao país em que estado estavam as coisas», defendeu.

Pires Veloso lamentou a existência de «um gangue que tomou conta do país. Tire-se o gangue, tendo-se juízo, pensando no que pode acontecer. E ponha-se os mais ricos a contribuir para acabar a crise. Porque neste momento não se vai aos mais poderosos. Não compreendo como Mexia recebe 600 mil euros e há gente na miséria sem ter que dar de comer aos filhos. Bem pode vir Eduardo Catroga dizer que é legal e que os accionistas é que querem, mas isto não pode ser assim. Há um encobrimento de situação de favores aos mais poderosos que é intolerável. E se o povo percebe isso reage de certeza», disse.

Para Pires Veloso, casos como este, que envolvem salários que «são um insulto a um povo inteiro, que tem os filhos com fome», fazem, na opinião do militar, com que em termos sociais a situação seja hoje pior do que antes do 25 de Abril.

Quanto ao povo, «assiste passivamente à mentira e ao roubo, por enquanto. Mas se as coisas atingirem um limite que não tolere, é o cabo dos trabalhos e não há quem o sustenha. Porque os cidadãos aguentam, têm paciência, mas quando é demais, cuidado com eles. Quando se deu o 25 de Abril de 1974, disseram que havia de haver justiça social, mais igualdade e melhor repartição de bens. Estamos a ver uma inversão do que o 25 de Abril exigia», considerou Pires Veloso.

Trinta e oito anos passaram sobre a vitoriosa insubordinação do 25 de Abril. Pelo caminho ficaram milhões de mortos. Atolados nesta lama de sangue os gloriosos militares vencedores ainda agora blasonam o seu glorioso feito. O orgulho maior do abrilismo é a "descolonização". Numa manhã chuviscosa tomaram conta do poder e, num ápice, desfizeram uma obra de cinco séculos...

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OPINIÕES 2
 FORÇAS ARMADAS MUITO PREOCUPADOS COM O DESNORTE DESTES POLITICOS

Caros camaradas
Em anexo poderão ter acesso à “Carta Aberta ao Povo Português”, da autoria do COR ART (REF) Manuel Rodrigues dos Santos, “um grito de alma”, como ele a designou.
Chegou-nos pela Net, como muitas outras opiniões, e já consta quer da nossa página quer do Facebook. Neste último, para além de inúmeras visualizações, mereceu 136 partilhas e 50 comentários (até às 16H55, de 19 de Abril). Se quiserem aceder à página ou ao Facebook, basta clicar nos endereços que se seguem:
AOFA - Página na Internet - http://www.aofa.pt
Em baixo, num despacho noticioso do Jornal de Negócios Online, podem ler o que pensa a Dra. Manuela Ferreira Leite, destacada militante do PSD que já foi Ministra das Finanças, sobre uma matéria que tem estado na actualidade, pela mão do Governo: “é absolutamente inoportuno falar-se na reforma da segurança social”.
Para alguns, cada vez menos, a AOFA não devia dedicar a sua atenção a estas questões. Alguns dirão, até, fazendo uma enorme confusão com o que se encontra estabelecido no artigo 275º da Constituição da República Portuguesa, que se trata de política e, como tal, devíamos abster-nos de tocar sequer no assunto. No entanto, a AOFA entende dever fazê-lo por uma dupla razão. Em primeiro lugar, a diminuição de direitos de universos que aparentemente até podem não ter a ver com os militares, estender-se-á inapelavelmente a todos nós, como a prática vem confirmando. Em segundo lugar, compete-nos a nós, oficiais, estarmos atentos a tudo o que possa causar lesão na coesão nacional, condição essencial para que qualquer conceito estratégico de defesa nacional faça sentido.
No que ao RI diz respeito, podemos encontrar notícias acerca das negociações sobre a Base das Lajes (DN e Diário Insular).
Os exercícios do RI14 são alvo da atenção do Jornal da Beira e do Diário de Viseu.
Enquanto o Público informa que, no caso dos submarinos, os peritos tinham renunciado às remunerações (contrariamente ao que deduziu das Declarações do PGR), o Crime prefere dizer que o processo se encontra em “banho-maria”.
Por outro lado, como seria de esperar, a crise na Guiné-Bissau continua na ordem do dia.
Sobre a nossa crise, as notícias proliferam.
O DN noticia ser muito duvidoso que Portugal e a Grécia consigam suportar a dívida pública, enquanto o Ionline relata que Sua Exa. o Ministro de Estado das Finanças afirmou, na sede do FMI em Washington, que “no meu país, as pessoas estão dispostas a sacrificar-se e a trabalhar mais”.
Enquanto no CM o abandono de 500 alunos da Universidade é interpretado de forma diferente pelo reitor e pelo presidente da associação de estudantes, o DE informa-nos que a RTP pediu excepção ao limite do salário dos respectivos gestores. Normalmente, tem vindo a ser utilizado o argumento de que as empresas públicas que se encontram para ser privatizadas devem ser alvo de excepção. Poderíamos dizer que pobres são os que, como nós, não se verão “privatizados”, mas atrevemo-nos a afirmar que todos os militares, embora atentos e indignados com a falta de equidade na distribuição dos sacrifícios e ainda que ansiando pelo reconhecimento efectivo do papel que desempenham na sociedade que se honram de servir, preferem a riqueza dos Valores de que são detentores uma vez que podem e devem servir de referência aos seus concidadãos.
Tão cordialmente quanto a situação o permite,
O Responsável pelas Relações Públicas
Tasso de Figueiredo
COR TPAA
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Ferreira Leite: É "absolutamente inoportuno" falar-se na reforma da segurança social
18 Abril 2012 | 10:08
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt
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Reformar, agora, a segurança social é "absolutamente inoportuno", considerou ontem Manuela Ferreira Leite, ex-ministra das Finanças e ex-líder do PSD. E diz ser necessário explicar por que se fala agora de reformar novamente a segurança social e por que se congelou as reformas antecipadas, quando tinha sido dito que o financiamento da segurança social estava garantido até 2030.Em declarações à SIC Notícias, Ferreira Leite considerou que "seria absolutamente inoportuno, num momento destes, se alguém se lembrasse de fazer uma reforma da Segurança Social. Os problemas que existem neste momento são, esperemos, de curto prazo, conjunturais, e não se pode mexer num sistema que tem a ver com a nossa perspectiva de futuro, de longo prazo".

A ex-ministra das Finanças lembrou que fazer mudanças no sistema da segurança social nem teria efeitos imediatos e é mexer "nas expectativas das pessoas, que já têm sido muito mexidas". Por isso, reafirmou não fazer sentido falar-se dessa reforma neste momento. Para Manuela Ferreira Leite, "é talvez o tema mais sensivel para a sociedade portuguesa, porque mexe com as expectativas e com objectivos que as pessoas criaram ao longo de uma vida e que de repente vêem desmoronados sem qualquer hipótese de retrocesso. É um ponto extremamente delicado, que só pode ser mexido com pinças e portanto julgo que as reformas, alterações, grandes mudanças é tudo menos pinças".
  
A social-democrata diz que só falar de reformas na segurança social cria insegurança e desconfiança em relação ao Estado. E lembrou que isso aconteceu quando o Estado mexeu "unilateralmente" nos certificados de aforro. "Foi um ponto que pessoalmente muito lutei contra isso e muito denunciei e vê-se os resultados, praticamente estão aniquilados e com muita dificuldade se recupera a confiança".

Manuel Ferreira Leite, ainda a propósito da segurança social, lembra que os subsídios são pagos depois de contribuições dos cidadãos. "Tenho a obrigação de entregar um quarto do meu ordenado, tenho direito de ter prestação".

Falar em alterações "cria pânico nas pessoas, as pessoas estão amedrontadas". E volta a referir que é um tema que tem de ser tratado "com muito cuidado e prudência e não transmitir a ideia que é preciso mudar. A intranquilidade que se está a gerar, só com a perspectiva de que algo pode mudar e não há hipótese de refazer, é algo preocupante".

Além disso, Manuela Ferreira Leite diz que estas declarações sobre a possibilidade de se realizar reformas na segurança social, assim como o congelamento das reformas antecipadas, dão a sensação que a segurança social está em colapso. Por isso, é preciso saber porquê e o que aconteceu, já que na reforma anterior se garantiu que a sustentabilidade da segurança social estava garantida até 2030. Agora não estará garantida, deixa a pergunta Manuela Ferreira Leite, pretende explicações, porque o que entrou em colapso foi a situação económica, mas não a segurança social.
Com abraço amigo do
N. Santos

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OPINIÕES 3

CARTA ABERTA AO POVO PORTUGUÊS
AOS PATRIOTAS
AOS QUE SERVIRAM NAS FA
AOS QUE FIZERAM “GUERRAS NOSSAS” E AS DOS OUTROS
AOS CHEFES MILITARES
À GENTE DA MINHA TERRA

Esta carta pretende ser um “grito de alma”, embora não saiba se “ela” existe e, muito menos se tem a capacidade de gritar. Quero dizer com isto que não é, não pretende ser, uma carta de substância política. E assim mesmo, aqueles que se sentirem atingidos por ela dirão que tudo na vida é político. Será. Mas a minha intenção, a que deixo aqui bem expressa, é que não seja. Sou coronel do exército, na situação de reforma. Cumpri oito anos em África, ao serviço de quem nos mandava marchar depressa e em força (lembram-se?) e depois do mesmo abencerragem ter dito a camaradas mais velhos, que mourejavam no chamado Estado da Índia, e face à invasão indiana, que lutassem “até à última gota de sangue” (também se lembram disso?). Onde estavam, então, os agentes da função pública? Eu digo: na Metrópole, com as suas famílias, no aconchego dos seus lares. E estavam onde deviam estar, porque cada macaco no seu galho – os militares nos teatros de guerra; os civis na paz dos seus lares. A sociedade sempre foi assim estruturada: cada um com o seu estatuto, cada um com as suas devoções e vocações.

Falo de DIREITOS e DEVERES.
O militar é diferente (não estou a dizer que seja melhor ou que seja pior) do civil. O funcionário dos correios é pago e integrado numa estrutura sócio-laboral que lhe exige o dever de estampilhar cartas, entre outras coisas. É uma função nobre, mas não põe com isso a vida em risco na defesa dos seus concidadãos. Ele espera que alguém o faça. Seria bonito se amanhã o MD desse a seguinte ordem: os funcionários das finanças vão embarcar para o Kosovo numa task - force da NATO. Era o fim da picada! E porquê, se são funcionários públicos como insistem que os militares o são? Porque o DEVER de defender a Nação, directa ou indirectamente, compete cumprir aos militares, não a eles. Nesse aspecto são cidadãos muito diferentes. Nenhum ministro, nenhum cirurgião, professor ou jurista jura dar a vida pela Pátria, no acto em que assume as suas funções. E está certo pois há quem o faça por eles – são os militares. Somos todos bons cidadãos, todos de uma grande nobreza, patriotas insignes, mas somos DIFERENTES. Compreendendo isto, é fácil dar-se mais um passo para se compreender que no domínio dos DIREITOS, a igualdade já não se põe. Para que se assumam os mais altos propósitos na defesa da soberania nacional, sejam internos ou externos, há que aguardar que a Nação reconheça, de um modo especial, a natureza única e inconfundível desses propósitos. DEVERES e DIREITOS não se opõem – complementam-se ou são sucedâneos uns dos outros: são dois pratos de uma mesma balança: se os deveres são menores, os direitos serão menores; se os deveres são maiores, os direitos serão maiores. Isto, não são contas aritméticas nem de merceeiro; são contas da ética, dos compromissos do Estado, do bom senso e fruto da razão. Os militares e os civis têm de ser vistos assim, porque se assim não for, tudo cairá por terra, porque o “chão” da lógica desabará.
Seria uma sociedade desorganizada, sem rei nem roque, ao dispor de oportunismos circunstanciais. Enquanto os militares foram “piões” dos colonizadores e da política colonial que ceifou e devastou milhares de portugueses e africanos; enquanto estiveram ao serviço de uma casta política que deles se serviu como instrumentos pendulares dos seus fantásticos desígnios de dominação e poder, foram tidos e tratados como um grupo social de servidores do Estado com um estatuto próprio, no qual os DEVERES e os DIREITOS eram avaliados com pesos e medidas diferentes de todo o restante aparelho do Estado. Esse tempo acabou com a implantação da Democracia. Mas a memória dos sacrifícios, dos mortos, feridos e estropiados, das famílias sofridas e destroçadas, tudo isso permanece vivo, sangrando, na alma dos portugueses de bem. Razão porque o estatuto militar deveria permanecer incólume, digno e merecedor de um respeito que só a demência dos que não sabem o que andam a fazer neste mundo, pretende desfigurar. Onde quer que hajam Forças Armadas, não vejo onde elas possam estar, nos tempos que correm, mais esquecidas e quase acintosamente marginalizadas, do que as Forças Armadas portuguesas. E porquê? Porque não há dinheiro e para o pouco que há, existem outras prioridades. Assim, Forças Armadas para quê? Acabe-se com elas que são um estorvo para o erário nacional - diz-se à boca cheia nos meios de comunicação social. A esses tipos, punha-lhes uma farda em cima e mandava-os “gozar umas férias” nas secas montanhas do Afeganistão.
O general Pedro Pezarat Correia afirmou, no dia 8 de Fevereiro deste ano, num programa da SIC, com a verve clarividente e o desassombro que todos lhe reconhecemos, o seguinte: “Se as FA não estão cá a fazer nada, acabe-se com elas – mas assumam essa decisão de uma vez por todas”. Se é preciso reestruturá-las, reorganizá-las, reobjectivá-las, que se reestruturem, que se reorganizem, que se reobjectivem, mas que se assuma esse propósito definitivamente. O que se anda a fazer com elas, desfazendo-as aos pedaços, ao sabor da vontade dos ministérios e dos ministros que vão passando, é, no mínimo, de uma tremenda injustiça.
Abocanharam-lhes o “estatuto” e disseram: agora são todos iguais. Se os juízes não são promovidos (e deveriam), que os militares também o não sejam; se se congela a carreira dos professores, que os capitães envelheçam em capitães; se a assistência médico-medicamentosa está num caos, que também seja caótica para os militares. E mesmo que haja vontade de fazer alguma coisa pelos militares, tal não é possível porque o orçamento o não permite. O MD, ontem na TV, repetiu essa ladainha umas vinte vezes. Ninguém nos diz o que se faz ao dinheiro que vai saindo dos nossos bolsos, dizem-nos apenas que não há e pronto – nós, povo, cidadãos comuns, que já fomos militares ou que iremos sê-lo, ouvimos, engolimos e calamos. Tal como eles querem. Afinal, digam-nos, não são estes os democratas que nós pusemos no poder? Eles e os pais deles e os avós deles? Pois então, o que se poderia esperar? Virou-se o feitiço contra o feiticeiro. Eles tomaram conta de tudo – das finanças, da economia, da fome, da miséria, dos militares, da própria democracia. Não há voto que os tire de lá. Instalaram-se e pronto. Passam a vida em viagens estéreis, em almoços e jantaradas, deslocam-se em brutas limusines, com brutos motoristas, gastando o que ainda há para gastar. É um encanto vê-los no enlevo encantador das suas poses e das suas mensagens, próprias de quem não tem dúvidas sobre nada, falando ao povo, que somos nós – não eles, seguramente – dos sacrifícios e dos penosos cortes subsidiários, da vida mísera que vai escorregando pela ladeira dos “IVAS”, para que eles paguem as dívidas, que alguém fez sem que alguma vez o soubéssemos. Eles querem a “austeridade” dos outros, a “doença” dos outros, a “fome” dos outros, em nome da coesão nacional. E gerem bem tudo isso porque a eles nada lhes falta, do bem-bom da vida repimpada. E os militares onde ficam, onde estão? Numa voz solitária de alguém que nada teme, numa carta desassombrada - da qual o MD, qual criança medrosa e assustada, diz que não, que não é para ele, que é para os outros ministros, e di-lo como quem a manda para o lixo - militares do Quadro Permanente que já deram tudo o que tinham para dar ao país, disseram ao senhor MD o que pensam da situação. Mas esses militares, coronéis e de outros postos, não são representativos das FA – diz ele, o MD. São restos imprestáveis, lixo. Meus caros, com esta gente, pode ser que venha para aí mais um submarino, mais uns carritos blindados de terceira geração para brincarmos aos soldados. Pode ser. Mas arrancar as FA das cinzas em que caíram, seremos loucos se crermos nisso. Vamos esperar para ver.

Por Manuel Rodrigues dos Santos, Coronel de Artª. na reforma.
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Com o devido respeito pelas opiniões dos autores, subscrevo e publico. Joaquim Coelho

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sábado, 7 de abril de 2012

domingo, 12 de fevereiro de 2012

DEFENDER A LÍNGUA PORTUGUESA

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EM DEFESA DA Língua Portuguesa

«A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, prepara-se para abandonar o novo acordo ortográfico»!

E o prof Malaca Casteleiro, ... piurso.

(e dois dias antes... )

OPINIãO

O acordo do desacordo

07 Fevereiro 2012 | 23:30

BagãoFélix


Volto ao Acordo Ortográfico (AO). Por obra e graça de Vasco Graça Moura que felicito pela coragem e determinação. Assim como pela oportuna iniciativa de Mota Amaral.

Volto ao Acordo Ortográfico (AO). Por obra e graça de Vasco Graça Moura que felicito pela coragem e determinação. Assim como pela oportuna iniciativa de Mota Amaral.
Com a aprovação do 2º Protocolo Modificativo do AO, estabeleceu-se que para este entrar em vigor bastaria a ratificação por três Estados lusófonos. Uma batota legal! O Brasil - claro - foi o primeiro, seguido de São Tomé e Cabo Verde. Angola e Moçambique, além da Guiné e Timor, não o fizeram. Tal situação faz-me lembrar, noutro plano, o que seria na Europa um Acordo deixar de fora Estados mais populosos (ou fundacionais) e vigorar por força do número ou quantidade de países como Malta, Chipre, Luxemburgo, Letónia, etc.
A Resolução do CM (Jan. 2011) que determinou a aplicação do AO nos documentos oficiais refere dois objectivos: "reforçar o papel da língua portuguesa como língua de comunicação internacional e garantir uma maior harmonização ortográfica entre os oito países da CPLP." Alguém deu por alguma destas anunciadas pretensões?


Estamos perante o acordo do desacordo. Numa matéria destas é lamentável o défice de escrutínio público. A língua é assunto que deve exigir a busca de um consenso tão alargado quanto possível. Ao invés, induziu-se o artificialismo do ruído mínimo garantido. Sempre que pessoas ou organizações se atreveram a lançar críticas ou dúvidas, logo foram arrogantemente consideradas ultrapassadas ou incapazes de olhar o futuro.
Vivendo tempos em que até direitos fundamentais são questionados, estaremos, quanto ao AO condenados à desistência ou à inacção? Estaremos resignados a viver entre a troika financeira, a China accionista, a Angola económica e o Brasil linguístico?
Ainda estamos a tempo de impedir este empobrecimento da nossa língua. Não podemos ser indiferentes.

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O MEU COMENTÁRIO

HÁ QUE TOMAR MEDIDAS PARA CORRIGIR O QUE ESTÁ ERRADO. Porque a “nossa língua” descende do Latim e do Grego, além de outras de menor importância, os que prepararam o Acordo/desacordo… ou são ignorantes ou renegaram a origem da Língua Portuguesa. Abrasileirar a língua sem respeitar as bases da formação das palavras é um atentado à nossa origem de nação com mais de oito séculos. JoaquimCoelho

MAIS...

Acordo ortográfico
Caríssimos amigos,

Se existe uma commonwealth, que nunca necessitou de qualquer acordo ortográfico, por que carga de água há-de a lusofonia ser mais papista do que o papa?

Sem acordo ortográfico, o inglês é para o ocidente o que o latim jamais conseguiu ser e é para o mundo aquilo que muitas boas vontades e ilusões pretenderam para o esperanto e foi só esperança vã.

Não é pela inexistência de acordo ortográfico que americanos e ingleses se desentendem, sendo que dizermos o contrário não seria desmentido.

Se quisermos falar do castelhano, língua a que muitos, principalmente sendo madrilenos ou portugueses, chamam espanhol, saberemos que são mais de uma dúzia as suas variantes. De tal forma que no próprio território de nuestros hermanos vigoram duas formas ortográficas distintas e oficialíssimas: castelhano tradicional e castelhano moderno. E é bom que se saiba que a Espanha exerce uma influência cultural e política sobre as suas ex-colónias que não se compara com a nossa, sobretudo porque não deixou que se desenvolvessem complexos de colonizador/colonizado. São cordiais e exemplares as relações no seio dos falantes do castelhano; se tentassem um acordo ortográfico, talvez resultassem daí suspeitas.

Do meu ponto de vista, a melhor forma de contribuirmos para a unidade – unidade de características paritárias – é não termos qualquer acordo ortográfico. Tê-lo só pode significar submeterem-se uns aos ditames dos que mais podem ou submeterem-se todos a um qualquer capricho iluminista.

Que cada espaço, que cada fronteira política escolha a norma ortográfica que mais lhe convenha de acordo com o seu sentir, de acordo com as suas necessidades. Sempre entendemos os brasileiros e sempre as editoras do Brasil colocaram aqui os seus livros com um impacte que é escusado enaltecer. Pensar que submetermo-nos por inversão do complexo de colonizador/colonizado nos trará benefícios é como confiar nos horóscopos que vêm nos jornais. Não vamos obter quaisquer benefícios nem culturais nem mercantis. Os autores portugueses que mais êxito têm tido no Brasil são Saramago e Miguel Sousa Tavares, que exigem precisamente que as suas obras sejam ali impressas em português padrão.

É que as coisas podem tornar-se naquilo que desejamos, quando sabemos desejar, mas são quase sempre o contrário do que se prevê. Unidade, unidade pode ver-se na mão o símbolo. É por serem desiguais os dedos que a mão se torna funcional. É por ter órgãos diferenciados que o nosso corpo é o que é e não uma alforreca.

Para resumir: estou nos antípodas do que pensa e pretende para sua póstuma e vã glória o Dr. Malaca Casteleiro e em convergência quase absoluta com o Dr. Vasco Graça Moura que aqui saúdo, agradecendo-lhe a coragem com que luta nesta guerra desigual que nós sabemos que já perdemos, embora muito mais vá perder, não só a nossa língua portuguesa, mas também as outras línguas portuguesas, exceptuando-se, claro, a variante brasileira, mercantilmente mais poderosa. Vencerá imperialmente sobre os destroços.

De hoje a oito dias sai a propósito uma crónica minha no Jornal do Barreiro. Os interessados poderão consultar na NET,

Para terminar: não pretendo respeitar qualquer acordo ortográfico, seja este seja o que vier. Estou a pensar, inclusive, para incomodar, inventar uma norma muito minha em que acabo com os cês e os quês e encho a prosa de kapas.

Em política, o que parece é, mas em tudo mais não é assim, é ao contrário.

Pax Profundis! Abdul Cadre


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ministro a Brincar com Insultos

 

O pseudo-ministro "indefeso" aguiar branco, está chafurdando no lodo do Tejo!

Os combatentes das guerras ultramarinas não foram todos "exterminados"...
Tal como há 33 anos, os políticos teimam em insultar os valores da Pátria e os garantes da integridade do país - as Forças Armadas.
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. FATALISMO IMPOSTO
 
Políticos conspiradores, no meu país,
porque abusais do cinismo agudo?
 
Onde está a razão das diatribes
sem nexo? Hipócritas
que excomungais o povo infeliz.
Perdão pela interpelação…
não é meu jeito filosofar
não se brinca com a miséria humana
nem com os valores duma nação!
 
Para vós, insensíveis lunáticos
é inútil falar de dramas humanos.
Tendes a suposta integridade
acima da razão dos simples…
maneira de abafar a opinião
e maltratar os que têm fome
mas que produzem os bens
que atestam a vossa indignidade.
 
Suicidais o entusiasmo do povo
que trabalha em espírito fraterno
na criação do Portugal novo
sem razões para filosofar…
o combate das ideias frias
está nas equações abstractas
sem lugar para a indiferença
dos vagabundos de todos os dias
incapazes de cumprir a sentença.
 
Temos que fugir à tragédia
do fatalismo imposto à medida
dos egoístas de ilusões metafísicas
a semear o mal do pessimismo
na humildade das criações artísticas.
 
Políticos de hipócritas opiniões,
contra o vosso cinismo asqueroso
temos preceitos a defender
no combate de todos os tempos
contra toda a forma de injustiça
através do trabalho generoso
que aglutina as vontades
dos crentes no símbolo dos cravos
e na verdade absoluta dos bravos.
Jamais a humilhação do fracasso
e a perda dos direitos em disputa,
p’ra frente a razão dura como o aço…
o futuro está em cada dia de luta!
 
Lisboa, Abril de 1979
Joaquim Coelho
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Porque tenho opinião semelhante, com a devida vénia pela coragem demonstrada pelo Senhor General da FAP, aqui divulgo o texto que me foi enviado:
 
General da Força Aérea arrasa Ministro da Defesa "Ex.º Sr. General Chefe do Gabinete de S. Ex.ª o Ministro da Defesa Nacional, Caro camarada: Apresento a V. Ex.ª os meus cumprimentos. Tomo a liberdade de me dirigir a V. Ex.ª para lhe solicitar que transmita a S. Ex.ª o Sr. Ministro a minha indignação relativamente à forma pouco respeitosa e mesmo insultuosa como se referiu às Forças Armadas, aos militares e às suas Associações representativas, no passado dia 1 de Fevereiro. De todos os governantes, o Ministro da tutela era o último que deveria proferir palavras dessa estirpe. Sou Tenente-General Piloto-Aviador na situação de Reforma, cumpri 41 anos de serviço efectivo e possuo três medalhas de Serviços Distintos (uma delas com palma), duas medalhas de Mérito Militar (1.ª e 2.ª classe) e a medalha de ouro de Comportamento Exemplar. Servi o meu País o melhor que pude e soube, com lealdade e com vocação, sentimentos que S. Ex.ª não hesita em por levianamente em causa. Presentemente, faço parte com muito orgulho, do Conselho Deontológico da Associação de Oficiais das Forças Armadas. Diz o Sr. Ministro que “a solução está em todos nós. Em cada um de nós”. Não é verdade! A solução está única e exclusivamente na substituição da classe política incompetente que nos tem governado (?) nos últimos 25 anos, e que nos tem levado, de vitória em vitória, até à derrota final! Os comuns cidadãos deste País, nomeadamente os militares, não têm qualquer responsabilidade neste descalabro. Como disse o Sr. Coronel Vasco Lourenço no seu livro, “os militares de Abril fizeram uma coisa muito bonita, mas os políticos encarregaram-se de a estragar…” Diz também S. Ex.ª que as Forças Armadas estão a ser repensadas e reorganizadas. Ora, se existe algo que num País não pode ser repensado nem modificado quando dá jeito ou à mercê de conjunturas desfavoráveis, são as Forças Armadas, porque serão elas, as mesmas que a classe política vem sistematicamente vilipendiando e ultrajando, a única e última Instituição que defenderá o Estado da desintegração. Fala o Sr. Ministro de algum descontentamento protagonizado por parte de alguns movimentos associativos. Se S. Ex.ª está convencido que o descontentamento de que fala se limita a “alguns movimentos associativos”, está a cometer um erro de análise muito sério e perigoso, e demonstra o desconhecimento completo do sentir dos homens e mulheres de que é o responsável político. Este descontentamento, que é geral, não tenha dúvida, tem vindo a ser gerado pela incompetência, sobranceria, despudor e, até, ilegalidade com que sucessivos governos têm vindo a tratar as Forças Armadas. É a reacção mais que natural de décadas de desconsiderações e de desprezo por quem (é importante relembrar isto) vos deu de mão beijada a possibilidade de governar este País democraticamente! As Forças Armadas não querem fazer política! Não queiram os políticos, principalmente os mais responsáveis, “ensinar” aos militares o que é vocação, lealdade, verticalidade e sentido do dever. Mesmo que queiram, não podem fazê-lo, porque não possuem, nem a estatura nem o exemplo necessários para tal. Quem tem vindo a tentar sistematicamente destruir a vocação e os pilares das Forças Armadas, como o Regulamento de Disciplina Militar, destroçado e adulterado pelo governo anterior? Quem elaborou as leis do Associativismo Militar, para depois não hesitar em ir contra o que lá se estabelece? Quem tem vindo a fazer o “impossível” para transformar os militares em meros funcionários do Estado? Apesar disso, tem alguma missão, qualquer que ela seja, ficado por cumprir? Fala S. Ex.ª de falta de vocação baseado em que factos? Não aceita S. Ex.ª o “delito de opinião”? Não são seguramente os militares que estão no sítio errado! Por tudo o que atrás deixei escrito, sinto-me profundamente ofendido pelas palavras do Sr. Ministro. Com respeitosos cumprimentos de camaradagem EDUARDO EUGÉNIO SILVESTRE DOS SANTOS, 
Tenente-General Piloto-Aviador (Ref.) 000229-B P.S. – Informo V. Ex.ª que tenho a intenção de tornar público este texto."
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pensamentos Globais

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PLANETÁRIO DA VIDA
Amo o culto da bondade que faz dos humanos companheiros. Dulcificando a vida, num ambiente purificado, quero o aroma da sabedoria que a liberdade anseia para tonificar os corações oprimidos nas manhãs de cada dia.
Bendita sejas tu, em forma de simplicidade em tonalidades do bem; se almejas a felicidade, conta comigo também.
Porque só nos largos horizontes se encontra a luz brilhante, fazendo germinar as sementes da candura de cada amante. Os rostos salpicados de carinho, nos olhos sem suplícios, os gestos meigos que alisam o caminho.
Se a vida está no crepúsculo, apelamos aos deuses que prolonguem a magia e que traga os benefícios que nos conduzam ao mundo das luzes luxuriantes onde podemos pintar a manta, em diversões. Mas, se as divindades nos recusam a ajuda, perdemos o sentido de cata-ventos e podemos ficar infelizes por mais tempo.
A grande festa da vida está nos românticos ideais, contrapondo à maldade a vontade bem sentida dos gorjeios dos rouxinóis e na exaltação harmoniosa dos hinos de fé ardente.
Nos confins eternos da verdade, o amor é uma evidência criadora: a alma anseia altaneiros voos, logo o coração a arfar no peito, se agita na venerável emoção da vida e os ventos trazem à memória os teus brandos odores difundidos no jardim celestial em forma de templo erguido às musas no reino dos poetas idílicos.  
Quem vai embarcar para outro planeta? Eu continuo aqui na lua com a minha mão na tua, cruzando os caminhos tranquilos da maturidade harmoniosa; estou envolvido nesta viagem, afastado dessa loucura das corridas ao supermercado e dos rios malcheirosos de seres gastos pela voragem; longe das vicissitudes que põem o mundo paranóico; continuo aqui em exclusivo, observando o mundo agressivo embarcado num planeta errante... tentando escapar aos malefícios da troika que veio arruinar Portugal!

Tempos modernos… guerreiros eternos!
Joaquim Coelho       






NADA É PERFEITO!

Quando Deus criou o mundo, fez tudo muito certinho até ao dia em que criou o homem. Depois de apreciar a criação, descansou sossegadamente.
O Adão passeava no paraíso sem grande vontade de cultivar as terras e nem apreciava a beleza que o rodeava. Vendo isso, Deus procurou uma solução para quebrar a solidão do Adão… Então, Deus criou a mulher.
Desde esse dia, nem o homem nem o mundo tiveram mais sossego e Deus não mais descansou.

PENSAMENTOS do Coelho
Uma pessoa sem ideais vive à espera que a sorte resolva a sua vida.
O progresso da humanidade é o resultado da persistência dos estudiosos na busca de soluções direccionadas no aproveitamento da confluência das energias do homem com a natureza.
O saber é fonte de progresso e de bem-estar, além de genuína fonte de virtudes.
A tolerância perante os imbecis pode ser razão de cobardia social; mas o servilismo não se pode conciliar com a dignidade.
Os lacaios são aqueles que elevam a fama alheia para tirarem partido dos favores dos seus apregoados.
A rotina dengona e mundana é o expoente dos preguiçosos; dos que nem se dão ao trabalho de pensar. É a renúncia ao progresso.
A imaginação é a grande impulsionadora do progresso, para que o futuro seja melhor que o presente.

     Joaquim Coelho
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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Criminosos do Costume

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VIDAS NA SARGETA

O virtuosismo da vontade afirmada nas acções construtivas desemboca no lirismo das mensagens abstractas que se difundem na beleza das montanhas adormecidas. Mas a realidade que nos cerca encarna a mentira tantas vezes repetida pelos governantes que enjoa o mais resistente desta viagem no mar das desgraças acumuladas. E, a vida começa a perder a suas virtudes, quando o paciente percebe que a razão da sua existência está a mergulhar na escuridão das sargentas que a sociedade lhe arremessa sem retorno. 
Ora, esse despertar para a nua realidade do fatal momento da entrada no limbo dos aflitos provoca uma revolta tal que pode desencadear reacções inconsequentes e dramáticas.
Dizia um amigo psicólogo, com alguma ironia: “se não te cultivas na arte da ratazana, jamais viverás no meio da abundância; serás sempre miserável, um cobarde pagador de impostos; trabalhador no emprego sem glória, tão frágil e imprevisto como as asas das borboletas. Se não endureces as emoções, serás como uma libelinha tão leve e frágil que não resistes à menor convulsão social. Os efeitos da máquina trituradora são nefastos, destroem as mais nobres vontades, deixando um rasto de angústia e de miséria; e, quando te deres conta da realidade, simplesmente estarás a ser esmagado como um insecto que teve o azar de ficar debaixo da botarra do poder.”

Nas reuniões dos economistas políticos cultiva-se o “esquecimento” da sociedade real; então não sabem que a redução do poder de compra reduz o consumo? Em consequência, os produtores de bens não vendem, lançando mais pessoas no desemprego, que vão absorver os recursos da Segurança Social, para onde descontavam enquanto trabalhadores produtivos. Ora, se não há facturação de bens consumíveis, não há entrada de impostos… com a redução do poder de compra e sem consumidores não há economia que resista: a estupidez dos tecnocratas está a conduzir o país para o caos social e  provável bancarrota.  
A alta criminalidade económica vive tranquila, porque os fazedores das leis esburacadas convivem nos mesmos ambientes da roubalheira instituída; sendo amigos dos agentes da justiça, nada lhes acontece. Para enganar os pacóvios, fazem investigações inúteis, enquanto os processos prescrevem vergonhosamente!
Como dos pequenos não reza a história, sabe-se que a criminalidade menor (a dos pobres e deserdados da sorte) se desenvolve nos terrenos férteis do desemprego - toda a gente sabe disso e nada se faz em oposição ao progressivo desenraizamento dos povos que vão em busca de melhores salários - há que ter consciência da realidade, acabar com a indiferença. Os governantes devem cultivar outra “inocência” cívica; nada de cultivar a indiferença para abafar a esperança dos que têm fome! Não vamos permitir tamanhos crimes da civilização com uma suposta sociedade de oportunidades para todos, quando uns são mais oportunistas do que outros!

Joaquim Coelho – Termas actuais
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