quarta-feira, 28 de julho de 2010

O ESTADO DA NAÇÃO

OS PERIGOS DA TIRANIA

As democracias são, tendencialmente, o suporte que garante a liberdade e valoriza a dimensão individual das pessoas. Mas os mecanismos urdidos pelos agentes da política caracterizam-se por uma manipulação sistemática dos direitos e liberdades fundamentais numa verdadeira sociedade democrática.
A maneira mais eficaz para levar os indivíduos à dependência e à servidão é criar mecanismos na sociedade que desresponsabilizem as pessoas de participarem no colectivo dessa sociedade. Há uma onde de regras geradas pelos políticos para facilitarem a vida aos preguiçosos e induzir os cidadãos a acreditarem que a vida se fundamenta no menor esforço e melhor proveito. Cada vez são mais os que deixaram de acreditar e os que vão engrossar o grupo dos irresponsáveis, que procuram viver segundo a lei do menor esforço. Os arautos desta forma de facilitismo sabem que a ignorância, a ociosidade e a burrice lhes garante uma brigada de miseráveis dependentes prontos a aceitar a humilhação e a obediência cega. Depois de domados, deixam de incomodar e de protestar!
Quando as pessoas são despojadas dos seus valores morais e éticos, desprovidas de livre arbítrio, o seu raciocínio é anulado e a liberdade individual pura e simplesmente foi eliminada. A destruição sistemática dos valores e das referências basilares da sociedade, os desequilíbrios sociais e a corrupção tendem a facilitar a vida aos egoístas e, consequentemente, criar fundamentalismos sem regras nem limites para atingir os fins.
É isso que os sistemas políticos actuais pretendem, para melhor dominarem os cidadãos que os elegem. Depois de gerarem o sentimento de impunidade, têm campo aberto para a tirania e para a repressão.
Perdidos os valores básicos que balizam uma sociedade bem estruturada no sentido da responsabilidade colectiva e da solidariedade social, fica o sentimento de que não há moral nem ética formal que resista à hegemonia das políticas coercivas e dominantes.
A proliferação de redes sociais, de fácil adesão na Internet, é um aliado dessas políticas de alienação massiva de pessoas, um caminho perigoso para desequilibrar o conceito de sociedade solidária. A tendência para criar muitos amigos virtuais, em todo o mundo, começa a iludir as pessoas na ideia de que essa rede social é sustentável como pertença a um grupo coeso e capaz de actuar nos momentos de solidão ou de carência de apoio. A realidade é que nunca devemos deixar de pensar que a solidariedade real só pode vir das pessoas que nos são próximas e queridas, que comungam dos nossos desejos, tristezas e alegrias. Enfim, que fazem parte de nós e comunicam connosco assiduamente.
É fundamental distinguir entre um meio de entretenimento na Internet, com grandes limitações em termos de conhecimento e convívio pessoal e o conceito da partilha de emoções e práticas sociais de grupos de proximidade. Se não soubermos usar os instrumentos para aperfeiçoar os nossos conhecimentos e valorizar o nosso raciocínio no sentido da afirmação individual, estará em risco a liberdade e de pouco nos vale reagir quando estivermos reféns dos tiranos.
Quando os políticos não respeitam os cidadãos que os elegem e pagam os impostos que lhes proporcionam abusivos proventos, é chegado o momento do protesto e da revolta concertada, única maneira de correr com os prevaricadores. As acções concertadas só são possíveis na convergência de ideias e tarefas organizadas em grupos.
Vejam o vídeo e pensem como é possível esta gente governar Portugal!
Joaquim Coelho- Temas de reflexão
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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Aprendiz na Corrupção


O APRENDIZ na CORRUPÇÃO
– Como um licenciado bem integrado na máquina de um partido, em pouco mais de dois anos, arrecada mais-valias na ordem de 470.000,00 Euros, sem pagar um centavo de impostos, recebendo ainda um subsídio “irregular” superior a 145.000,00 euros.

Ao 2º ano do curso de engenharia é arrabanhado para fazer parte da Juventude política, recebe cartão com direito a trabalho remunerado para dirigir equipas de propaganda política. Desempenha bem o lugar e fica garantido um lugar na lista de candidatos a vereador autárquico. Mal acabou o curso passa a assessor num gabinete de arquitectura de gente do partido. Sendo natural de um concelho do interior, só aceita concorrer a uma câmara na zona metropolitana do Porto. Enquanto não chegam as eleições, abre um gabinete em sociedade com outro membro do partido e recebe apoios financeiros do FSE e do URBCOM, valores que investe em “Contratos Promessa de Compra e Venda” de 6 apartamentos em fase inicial de construção, gastando cerca de 70.000,00 Euros. Passados quatro meses revende os apartamentos com um lucro de 210%. Compra mais apartamentos nas mesmas condições e na mesma zona, sem pagar um centavo de impostos das mais-valias. Com as eleições autárquicas a decorrer no concelho, é abordado pelo proprietário-construtor dos apartamentos… pois havia um problema de incompatibilidade do projecto com as áreas dos lotes de terreno da urbanização – estava em construção uma estrada cujo alinhamento cortava uma fatia dum dos lotes do dito proprietário. O engenheiro é eleito vereador e toma posse, tendo em mão resolver o problema do alinhamento da estrada; e resolveu, pois a estrada foi desviada mais de oito metros, ficando com uma curva. O prédio foi construído na sua plenitude de nove pisos, tendo sido doados ao senhor Engenheiro dois apartamentos e, sem investir nem um tostão, ficou com direito a receber as mais-valias de outros cinco como se os tivesse comprado. Para quem vem do interior, bem apoiado na máquina do partido, em pouco mais de dois anos, arrecadou mais-valias num valor aproximado de 470.000,00 Euros, ficando ainda com os apoios dos Fundos Europeus e do Estado, na ordem dos 145.000,0 Euros, destinados a um escritório de Projectos que nunca funcionou.
Eu vi as cenas: Joaquim Coelho