domingo, 26 de junho de 2011

Nosso Tempo

..
.



O TEMPO E O ESPAÇO
.
O nosso Tempo é a nossa vida, logo o ambiente é o nosso espaço para viver. Ninguém conseguirá voltar ao tempo passado, muito menos revivê-lo.
Tudo o que fizermos será inexoravelmente do passado, pelo que devemos estar preparados para assumir as consequências das nossas acções e atitudes, enquanto poderemos aprender com os erros cometidos.
No presente, podemos melhorar o futuro, mas nada podemos fazer pelo passado. Por isso, será sempre no presente que preparamos algo de útil para o futuro; e isso deve merecer o orgulho de uma vida que passa sem perda de tempo em futilidades. É preciso não esquecer que todos os minutos contam para uma vida, pelo que devemos saber aproveitá-los sem perda de tempo, para não ouvirmos aquela do tio Olavo: “Nós matamos o tempo, mas é ele que nos enterra.”
Se não és feliz no teu mundo pessoal, se não tens horizonte definido, afasta as sombras que tolhem a visão desafogada, afasta as lembranças das coisas que te causam infelicidade, abre a janela e procura seguir o melhor caminho que vires no horizonte, sem nunca desprezares os conselhos dos verdadeiros amigos.
Para mitigares os temores da noite, afasta a ideia de que a noite é um absurdo porque a alma é imortal. Se vives os problemas do passado e transportas para o futuro todo o mal que já causaram, não podes ser feliz assim, com essa carga negativa a tolher-te os dias de sol que a vida te oferta gratuitamente.
Para os mais descrentes na sua capacidade de vencer, há uma espécie de “ironia do destino”, porque vivem amarrados ao passado triste sem motivação para se libertarem do eco das más memórias. Ninguém nasce predestinado. A vida é uma sequência de escadas que teremos que subir com resignação e sabedoria.
Percorri muitos caminhos, sem medo do fim… naturalmente, tive que tomar decisões controversas, com a convicção de que a vida é uma dádiva e nós somos o projecto indefinido que precisa de ser retocado ao ritmo do tempo.
Ao longo da viagem que nos é proposta, só temos que realizar o sonho e ter fé para percorrer as distâncias com a naturalidade das nossas faculdades. Inevitavelmente, fazemos parte do mundo e teremos que evitar o enredo dos labirintos que possam prejudicar as nossas capacidades cognitivas, além de procurarmos colher nos bons exemplos os ingredientes que nos possam ajudar a avançar com coerência e respeito pelos que nos rodeiam.

Joaquim Coelho – Tempo de Reflexão

.

.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

GLOBALIZAR e Convergências

....
 Presidente da Assembleia da República

GLOBALIZAR
A globalização da sociedade tem vindo a agravar todas as formas de mediocridade. A ganância do lucro a qualquer preço aniquila as melhores vontades de solidariedade. Mas a maior imoralidade está na publicidade ao consumo desmesurado, despindo as pessoas dos valores virtuosos da solidariedade humana.
O país está invadido por uma máfia organizada na importação e distribuição de bens de consumo de duvidosa qualidade - em muitos casos perigosos para a saúde, e a conivência dos hipermercados com esta cambada de agiotas torna as populações indefesas perante tal embuste.
Enquanto isso, os bens produzidos em Portugal, com garantia de melhor qualidade, vão sendo desprezados pelos grandes supermercados, destruídos e enterrados, levando muitos produtores à ruína e o país à improdutividade por falta de acções patrióticas na defesa do PRODUTO NACIONAL.



a engrenagem que nos trama...


CONVERGÊNCIAS

Estamos numa passagem com muitas bifurcações desconhecidas; caminhos incertos que teremos de percorrer para atingirmos maturidade própria sem nos desumanizar. Há um caminho colectivo a percorrer e uma missão a terminar, que será a soma das nossas acções individuais livres das tiranias ideológicas e sociais; sem subverter os princípios da existência como sociedade fraterna, devemos procurar dar as mãos em prol da libertação das ideias e difundir mais formação e cultura aos desajustados, para combater o obscurantismo que manipula, embrutece e oprime.
Acima de qualquer libertação material, teremos que consolidar a libertação das amarras à ignorância aniquiladora de toda a vontade de progresso. Mesmo sabendo que o sistema económico é extremamente injusto para com os cidadãos que trabalham, o maior erro é desistir de lutar por melhores condições de vida. A formação profissional e a permanente colheita de ensinamentos com vista a melhorar o desempenho e os níveis de produtividade são o suporte da estabilidade no emprego e a garantia de melhores retribuições.
Teremos que ser diferentes e saber difundir as coisas boas, mas também a ideia crítica daquilo que restringe o desenvolvimento do país e das suas gentes.
Joaquim Coelho – Temas actuais
..
.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

VAMOS A VOTOS


..

REGABOFE DA POLÍTICA – VAMOS A VOTOS

Há homens na governação que se julgam deuses empossados. Dos cérebros escapam-se as energias alienatórias num estranho efeito da conjugação dos vícios degradantes com a ilusão do poder incongruente. A dinâmica do pensamento fez dos homens seres pensantes; e não serão os deuses nem os ditadores a limitar o destino de cada um, porque todos têm mãos para criar e para votar.
De certa maneira, é preciso alguma obstinação para desancar nos broncos da política. Muitos não passam de bonzos paroleiros das autarquias e da Assembleia. Tudo isto é uma paródia nacional, uns vivem por impulsos endeusados nas promessas que são enganos, outros vão desferindo os seus golpes rasteiros nos recursos naturais e nos impostos. Benesses, todos as viabilizam aos amigos, sem restrições figurativas e quem paga é o erário público.
Depois, aparecem os parceiros endeusados do dinheiro a ditar as leis que levam à pobreza. A Europa é uma tanga que nos aperta o cinto até mirrar o corpo que é nosso. A alma foram os bandidos que a hipotecaram para a vida inteira, já nem o diabo nos amedronta tanto como os coveiros da nação.
Para os que acreditam que Portugal já passou por mais graves privações, usem o voto com devoção.
.

Joaquim Coelho, contribuinte desde 1953.



José Sócrates vai emigrar para Angola
..


.. SÓCRATES NO INFERNO

És tu o palhaço excomungado
Pelos rostos que enganaste
Com cenas de circo dependurado
Nos esqueletos que amedrontaste.

És tu, Sócrates, a moer a paciência,
Com mentiras, o dito pelo não dito;
Estás desprovido de consciência
E não ouves o povo no seu grito.

És tu a desgraça do meu país…
Distribuis o erário pelo rebanho
Composto de ladrões com matriz
Para sacar tudo quanto é ganho.

És tu que nos queres amordaçar
E nos tens armadilhado os caminhos
Com tantas traições a ameaçar
A vida percorrida com espinhos.

És tu a causa da grave corrupção
Que nos suga os últimos recursos
Produzidos com esmero e devoção
No intervalo dos vossos discursos.

És tu o arquitecto deste inferno
Onde vais queimando a confiança;
Desaparece para o fogo eterno
Para voltarmos a ter esperança.

Se não atenderes este meu rogo
É inevitável que te vais acautelar;
Já conhecemos bem o teu jogo
E um dia havemos de te castigar.

Joaquim Coelho
.
.